Por: Flávia Batista Ferreira França
Editor (a): Tamires Lopes Silva
Você
já imaginou fazer um teste de DNA para provar a maternidade de um filho e a
probabilidade do filho ser seu for de 0%??? Tal fato pode ser um choque para a
mãe da criança que logo começa a imaginar ter tido seu filho trocado na
maternidade. Agora imagine se essa mesma mãe faz o mesmo teste em seus três
filhos inclusive o que havia acabado de nascer e os resultados são todos
negativos, pois bem, tal fato ocorreu com a norte-americana Lydia Fairchild que
tentava uma ajuda financeira do governo e para isso tinha que provar na justiça
a maternidade de seus filhos. Você deve estar se perguntando como isso pode ocorrer???
Lydia passou por um longo processo na justiça até provar a maternidade de seus
filhos, e achou na ciência a resposta para os resultados intrigantes dos testes
de DNA, Lydia segundo os pesquisadores seria uma quimera humana.
O
termo quimera vem da mitologia grega onde a criatura que tinha esse nome tinha
seu corpo constituído por três animais diferentes (leão, cabra e serpente). No
ser humano quimeras são muito raras e podem acontecer em uma gravidez de gêmeos
bivitelinos (gêmeos não idênticos) tendo cada embrião seu DNA, porém durante a
gestação esses embriões se fundem transformando-se em um único embrião contendo
dois DNAs diferentes. Portanto o caso do quimerismo de Lydia ocorreu durante a
sua fase embrionária onde um embrião foi absorvido pelo outra que passou a
apresentar os dois DNAs. Existem outros tipos de quimeras humanas já descritas
como o caso da cantora californiana Taylor Muhl que apresenta dois tipos de
pigmentação diferente em seu corpo.
Pesquisadores demonstraram que os dois DNAs presentes
na quimera não são distribuídos igualmente pelo seu corpo, e foi a partir dessa
descoberta que foi feito testes de DNA com amostras de outras partes do corpo de
Lydia. Assim, quando os especialistas examinaram amostras da coluna cervical de
Lydia é que encontram o DNA compatível da norte-americana com o de seus filhos descobrindo
que seus filhos realmente eram seus. Assim, graças a ciência a história de
Lydia teve um final feliz.
Referências:
Pearson, H. (2002). Human genetics: Dual identities.
https://www.youtube.com/watch?v=jQJMH4WhYrM
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