Quem trabalha com células
sabe que o crescimento e migração celular in
vivo ou in vitro é dependente de
fatores quimiotáticos. As células são capazes de seguir um gradiente de sinais químicos,
entretanto alguns tipos celulares podem responder a rigidez da sua matriz
extracelular, e este processo é denominado durotaxis.
As características físicas
do local de crescimento celular como a textura do substrato (macio ou rígido),
muitas vezes não foram consideradas importantes, mas estudos recentes
demonstraram que forças intracelulares de empurrar-puxar são relevantes para o
crescimento. O processo de durotaxis foi relacionado com o desenvolvimento de
fibrose e câncer. Sunyer, R. et al. em
seu estudo publicado na Science em 2016 comprovou a habilidade de algumas células
seguirem um gradiente de rigidez. Células epiteliais mamárias humanas foram
cultivadas em substratos de gel com rigidez uniforme ou com diferentes gradientes
de rigidez (Figura 1), e foi observado que as células movimentam-se ligando umas às outras
com junções proteicas e puxando o substrato com proteínas motoras de miosina, e
interessantemente as células não se movem de forma coordenada, cada grupo de célula
cresce em um sentido diferente. As células aderidas em substrato mais rígido
obtém melhor tração, e assim favorece o crescimento nesse sentido. Apenas células
em grupo se movem utilizando o mecanismo de durotaxis, se a célula estiver
sozinha ela se move de forma randômica. Podemos inferir que Durotaxis não é um
processo complexo de sinalização mas sim o resultado de interações físicas.
Assistam ao vídeo para
entenderem melhor como funciona o processo de Durotaxis!!!
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