Editor: Patrício da Silva Cardoso Barros (PPIPA/UFU)
O
câncer, definido de maneira concisa, trata-se de um conjunto de doenças
caracterizadas pelo crescimento anormal de células. Essas células perdem seus
pontos de regulação do ciclo e começam a sofrer um rápido processo de
crescimento desordenado. Esse aglomerado celular cria um microambiente que se
torna um disfarce para o sistema imunológico, pois quando o tumor é detectado
se inicia uma intensa ação efetuada principalmente
por linfócitos T-CD8 (células citotóxicas) e/ou células NK.
Pois bem, se o crescimento desordenado acontece quando há uma
falha no sistema imunológico em reconhecer e combater o tumor, uma técnica de
tratamento do câncer poderia ser estimular de forma específica o sistema
imunológico para reconhecer e combater o câncer. A partir dessa ideia, surgiram
as imunoterapias como tratamento auxiliar de alguns tipos de câncer.
Sabemos que as células cancerígenas pertencem ao próprio organismo,
o que se transforma em uma barreira difícil de ser superada, pois como combater
as células tumorais sem combater as outras células do organismo? As células
tumorais apresentam antígenos específicos ou antígenos associados ao tumor, que
não estão presentes nas células normais. Partindo desse princípio surgiu a
imunoterapia passiva que utiliza a especificidade de
anticorpos e receptores de células T (TCR) para marcar antígenos selecionados
nas células tumorais, o que é uma forma de ativar o sistema imunológico sem
causar danos às células normais.
Outra
forma do tumor se camuflar é através da inibição de sinais de inflamação, como
moléculas estimulatórias e citocinas. Quando o sistema imunológico detecta
vírus ou bactérias, inicia-se a liberação de sinais de inflamação para o
controle da infecção. No entanto, após o controle da infecção é preciso que
haja sinais de parada. O tumor usa esse mecanismo de desligamento com a
finalidade de não ser controlado pelo sistema imune. Com isso surgiu a imunoterapia
que utiliza inibidores de CTLA4 e
PD1. Esses
inibidores agem impedindo que as células de defesa sejam desativadas, mantendo
assim um ataque constante.
Existem
muitos estudos nessa área, há muito o que se estudar e desenvolver, mas os imunoterápicos
são uma grande aposta para o tratamento de várias doenças, principalmente no
tratamento de câncer, em que se tornou uma abordagem muito interessante a se
seguir.
Qual a referência dessa imagem?
ResponderExcluirBasearam algum artigo pra descrever esse posts?
Parabéns pelo blog da Liga! Muito tenho divulgado muitos links prós meus alunos irem lendo. :)