Por: Nathalya Pereira
Barbosa (Estudante Biomedicina UFU)
Editora: Jacqueline Pádua de
Queiroz (Mestranda PPIPA)
A AIDS, ou Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida, é causada pelo vírus HIV, transmitida por via
sexual ou por contato com sangue infectado. Como o próprio nome sugere, essa
doença é caracterizada por debilitar gravemente o Sistema Imune do portador,
deixando o indivíduo Imunocomprometido, intensamente sujeito a doenças
oportunistas.
A Aids, ficou amplamente
conhecida na década de 80, quando houve um “boom”
de pessoas infectadas, sendo que o vírus foi isolado somente em 1983. O que
mais preocupa as Organizações de saúde e os cientistas é que o vírus pode
permanecer silencioso no organismo do hospedeiro por anos, se multiplicando
lentamente. Isso permite com que a pessoa infectada possa transmitir o vírus
para outros, sem ao menos saber que é soropositiva, já que ainda não chegou a
desenvolver os sintomas da síndrome em si. Por isso existem, constantemente,
campanhas que reforçam a importância de realizar os testes para detecção do
vírus, principalmente em indivíduos com múltiplos parceiros sexuais.
Há muito o que se falar
sobre essa síndrome, que permanece, até hoje, como um desafio aos pesquisadores
que dedicam suas vidas a identificar curas, tratamentos e possibilidades na
melhoria da qualidade de vida das pessoas afetadas. Porém, o foco do post será
sobre como o vírus atua no Sistema Imune do indivíduo infectado e porque ele é
tão letal.
Todo vírus possui um ciclo
replicativo dentro de uma célula, já que estes não possuem metabolismo próprio.
Assim, o HIV precisa depositar seu material genético (RNA) no citoplasma de
células nas quais ele pode realizar o processo de adesão, ou seja, ligar seus
receptores em proteínas específicas de membrana da célula alvo. Assim, o vírus
tem um alto tropismo pelo linfócito T CD4+ que possui receptores que se
encaixam perfeitamente ao ligantes do envelope do HIV.
Os macrófagos são células fagocíticas
que, por meio da fagocitose, “digerem” microrganismos invasores e apresentam
proteínas destes para os linfócitos, afim de que a resposta imune adaptativa
seja ativada e os anticorpos sejam produzidos.
Com a infeção e a
consequente morte dessas células imprescindíveis para a defesa do corpo humano,
o paciente infectado fica susceptível até aos microrganismos menos patogênicos,
que não causariam danos a pessoas imunocompetentes. Assim, nos estágios
avançados da síndrome, os indivíduos podem contrair diversas infecções, como
pneumonia, tuberculose, diarreia bacteriana, meningite, doenças fúngicas,
hepatite C, infecções por protozoários e até mesmo o câncer, de modo que, sem a
constante vigília dos linfócitos TCD4+, as células defeituosas se multiplicam
livremente.
Apesar de haver vários
coquetéis diferentes de antirretrovirais que auxiliam na qualidade de vida dos
aidéticos, é essencial nos preocuparmos com a prevenção, que é a única maneira
de se manter totalmente seguro contra o vírus. Por isso, não esqueça: sexo
seguro pode salvar vidas, use sempre
camisinha!
Fontes:
https://soropositivo.org/2015/01/30/o-que-sao-doencas-oportunistas-como-atuam-e-como-percebe-las/
http://www.bbc.com/portuguese/especial/1357_biologia_aids/page2.shtml
https://www.revistas.ufg.br/iptsp/article/view/17192
http://www.ocorpohumano.com.br/index1.html?http://www.ocorpohumano.com.br/dst_aids.htm
M.
A. S. Mariane, B. V. G. Regina Beatriz, A. S. P. Gisner, T. J. João, Q. D. F. Maria. “Entendendo como o HIV afeta células humanas: Quimiocinas e seus
receptores”
http://www.fundec.edu.br/cipa/aids.html
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